De início, ainda somos muito
desajeitados. Os movimentos não se expressam com facilidade. O importante é
persistir e não desistir de continuar a aventura da descoberta.
E crescemos.
A vida é uma sucessão de
experiências. Um processo de aprendizagem. Viemos aprender a descobrir emoções,
sentimentos, palavras, gestos, pessoas, profissões, actividades, experiências, etc.
Um sem número de coisas.
Qual será o objectivo disto?
O mais importante, e que é comum
a todos os seres humanos, é perceber que estamos aqui para evoluir. Desde o dia
em que nascemos até ao dia em que morremos e deixamos esta vida, houve uma
grande mudança. Várias mudanças até. Quando nos vamos embora já não somos a mesma
pessoa que nasceu aqui. A vida ensina-nos tanto. É como se viéssemos para uma
grande escola, uma universidade. Viemos experimentar, recolher informação,
vivências.
Viemos experimentar o
sentimento de descoberta, a curiosidade, o sentimento de identificação com algo,
com alguém. Viemos descobrir a paixão, o amor. Viemos alimentar ideias e criar
projectos para implementar essas ideias. Construir. Construir uma profissão, um
lar, uma relação. E cuidar de tudo isso. Dar atenção. Amar.
Viemos perceber o que é a
desordem, e depois a ordem. O ser-se rejeitado e o ser-se amado. O estar
perdido, sem luz, para nos reencontrarmos, recuperar a nossa luz interior.
Viemos sentir a tristeza, o desespero, para alcançar a esperança que existe no
mais fundo de nós. Viemos não ter absolutamente nada, para perceber quem somos
sem as nossas posses materiais e redefinir as nossas prioridades e aquilo a que
damos valor. Viemos perder aqueles que consideramos serem amigos para depois
conhecer os amigos que são os amigos verdadeiros, amigos da alma. Viemos conhecer a
morte de alguém querido para saber apreciar o nascimento de uma criança na
nossa vida. Viemos encontrar resistências, lutar, para percebermos que a luta
alimenta luta, e que desisitir da luta é o caminho para descobrir a força e a
paz interior. Viemos sentir o sermos diferentes dos outros e não nos conseguirmos
conectar com eles para percebermos que somos todos iguais e estamos todos conectados na sua essência.
Viemos ser silenciosos, aprender a ouvir, para depois nos tornarmos numa voz,
que é ouvida.
Tudo são experiências que a
nossa alma escolheu viver, para crescer, evoluir. Para que quando chegasse o
fim da nossa viagem, cada um de nós fosse um ser mais rico interiormente, mais
evoluído, mais consciente de quem realmente é.
Sandra Duarte
A Breath of Life
Initially, we’re still very clumsy. The movements aren’t easily
expressed. The important thing is to persist and not to give up from continuing
the adventure of discovery.
And we grow up.
Life is a sequence of experiences. A learning process. We came to learn
to discover emotions, feelings, words, gestures, people, professions,
activities, experiences, etc. Innumerable things.
What will be the purpose of this?
The most important thing, and that’s common to all human beings, is to
realize we are here to evolve.
From the day we are born until the day we die and leave this life,
there was a big change. Even several changes. When we leave we are no longer the same person who
was born here. Life teaches us so much. It’s as if we came to a big school, a
university. We came to experiment, gather information, experiences.
We came to experience the feeling of discovery, curiosity, the feeling
of identification with something, with someone. We came to discover passion,
love. We came to nourish ideas and create projects to implement those ideas. Build.
Build a profession, a home, a relationship. And take care of all this. Give
attention. To love it.
We came to realize what is disorder, and then order. To be rejected and
to be loved. To be lost, without light, to find ourselves, to recover our inner
light. We came to feel sadness, dispair, to reach hope that exists deep within
us. We came to have absolutely nothing, to realize who we are without our
material possessions and redefine our priorities and what we value. We came to
loose those we consider to be friends for later to meet friends who are the
true friends, soul friends. We came to know the death of a loved one to learn
to appreciate the birth of a child in our life. We came to find resistance, to struggle, to realize that struggling nourishes struggle, and to quit struggling is the
way to discover inner strength and peace. We came to feel we’re different from
others and to be unable to connect with them to realize we are all equal and connected in
essence. We came to be silent, to learn to listen, so that later we become a
voice that is heard.
All are experiences that our soul chose to live, to grow, to evolve. For
when the end of our journey came, each one of us would be a wealthier being
internally, more evolved, more conscious of who one really is.
Sandra Duarte
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