quarta-feira, 2 de abril de 2014

O Renascer do Masculino e do Feminino




O que é ser Mulher ou ser Homem hoje em dia?

Cada vez mais, o ser Mulher e o ser Homem se torna confuso. Já não é possível definir comportamentos femininos ou masculinos. O mundo passa por uma grande transformação, muito necessária para o equilíbrio do próprio planeta. Mas o objectivo final é equilibrar a energia feminina e masculina em cada um de nós.

Todo o universo é composto por duas polaridades, as energias feminina e masculina, opostas e complementares, que interagem numa dança constante, de forma a criarem dinamismo e harmonia entre si. Elas são co-dependentes uma da outra. Uma precisa da outra para que possa crescer. Têm de cooperar uma com a outra para alcançar o equilíbrio. Podemos ver isso representado no símbolo do Yin-Yang: O feminino inclui dentro de si o masculino e o masculino inclui no seu interior o feminino. Um espelha o interior do outro.

A energia masculina, yang, é voltada para o exterior, focada em conquistar, na acção, em atingir metas, no planejamento, representa o nosso lado racional, o pensamento lógico, a rapidez, a manifestação externa, o processo de materialização, a força, a coragem, a paixão, a competição, a determinação, o poder de selecção, pensamento focado, a assertividade, o pragmatismo, a confiança. Está associada ao dia, ao sol, ao céu, ao fogo, ao ar, ao pai, a autoridade, ao trabalho, à cidade, às linhas rectas e angulosas, ao mundo visível, com contornos definidos, à verdade, à visão clara das situações, ao discernimento, à expansão, à superficialidade.

A energia feminina, yin, é voltada para o interior, para os sentimentos e emoções, a intuição, o pensamento abstracto, a lentidão, a voz interna, o prazer, o relaxar e descansar, a paz interior, a beleza, o amor, a suavidade, gentileza, a segurança interna, a receptividade, a sensibilidade, o saber fluir, a compaixão, a inspiração, a aceitação, o perdoar, a força interior, a sensualidade, a vulnerabilidade, a expressão e comunicação das emoções, a conexão, a capacidade de acolher e cuidar, de alimentar o outro. Está associada à noite, à lua, à terra, à água, à mãe, à familia, à casa, à natureza, às linhas curvas e onduladas, ao mundo invisível e misterioso, com contornos indefinidos, ao que está escondido, à sabedoria vinda da alma, à subjectividade, à introversão, à profundidade.

Cada uma destas energias existe em cada um de nós. O que acontece é que existe um grande desequilíbrio na forma como as expressamos.
A nossa sociedade desenvolveu em excesso a energia masculina, focada na razão, no pensamento lógico, no atingir objectivos, etc.
Até ao século passado, existia uma grande diferença social, em que o homem tinha um lugar superior à mulher. Em que o homem era responsável pelo sustento da familia e a mulher geria a vida do lar, fazendo as tarefas domésticas e cuidando dos filhos. Grande parte da história foi contada segundo uma perspectiva masculina.
Com a evolução dos tempos, muitas mulheres, quando começaram a deixar a vida de casa para fazer parte do mundo do trabalho, onde dominavam os homens, viram-se obrigadas a desenvolver a sua energia masculina para serem respeitadas e vistas como iguais aos homens, com os mesmos direitos. Tornaram-se racionais, competitivas, mais corajosas que muitos homens, focadas na acção. E afastaram-se do seu lado feminino, do seu mundo interno, das suas emoções e sentimentos, do ouvir a sua intuição, da capacidade de fluir, do relaxar e descansar, etc.
O que está a acontecer neste momento, para haver equilíbrio entre as energias, é que muitos homens começaram a desenvolver mais o seu lado feminino, a contactar com as suas emoções, com a sua intuição e sensibilidade, a serem mais passivos, etc.

Neste momento, o mundo atravessa mais mudanças ainda e está a ser pedido que as mulheres e os homens equilibrem estas energias dentro de si. Ambas devem estar equilibradas para que os próprios relacionamentos entre os dois sexos possa ocorrer mais harmoniosamente.

O próprio planeta reflecte o desequilíbrio destas duas energias. O excesso de energia masculina é o que leva às guerras, à dominação de um povo por ditadores, ao stress, tensão e conflitos que vivem ambos os sexos, à falta de harmonia de uma forma geral. A nível individual, há falta de harmonia interior, dificuldade em fluir com as situações da vida, falta de segurança interna que leva ao medo e a comportamentos de domínio e controlo dos outros, das situações e da própria vida em geral. O stress e a agitação interna são resultantes do excesso de trabalho, preocupações, pressão para atingir objectivos, do estar-se sempre ocupado, uma maior exigência consigo próprios.
Para equilibrar isto, é necessário criar harmonia nas nossas vidas, desenvolvendo a energia feminina, arranjando tempo para descansar e relaxar, para se fazer actividades de lazer, aprender a ouvir o nosso mundo interno, emoções, sentimentos, a intuição, voltar ao contacto com a natureza, apreciar o belo, transformar crenças internas de forma a ajudar-nos a abdicar da necessidade de controlar tudo e todos, e aprender a aceitar e fluir com a vida, aprender a ser-se mais espontâneo, brincar mais e aceitar ser-se surpreendido, estar receptivo ao inesperado, ao que não é planeado, perder o controlo, etc.

A energia feminina, quando em excesso, traz passividade, excesso de sensibilidade, falta de interesse, depressão, dependência dos outros, submissão, dificuldade em materializar ideias e projectos, excesso de imaginação e fantasia, confusão, dispersão, insegurança, dificuldade em agir ou tomar iniciativa, ficar à espera que os outros tomem a iniciativa e façam tudo, não saber dizer “Não” pois há dificuldade em estabelecer limites, excesso de introversão o que leva a uma dificuldade em criar ligações com os outros.
Para equilibrar esta energia, é necessário desenvolver um pensamento mais objectivo e lógico, planear objectivos, fazer actividades desportivas, desenvolver projectos, fazer actividades que nos levem a comunicar e a estabelecer ligações com os outros, desenvolvendo a vida social, tudo o que nos impulsiona à acção, ser-se mais assertivo, seguir a nossa vontade, confiar mais em nós próprios.

Quando ambas as energias se equilibram em nós, podemos ter relacionamentos mais equilibrados e mais harmonizados. Mas para isso é necessário mudar ainda muitas mentalidades, crenças e valores que estão assentes em ideias erradas do que é ser-se mulher ou homem, hoje em dia. Há ideias erradas a este nível que precisam ser deixadas para trás, abandonadas, se quisermos desenvolver boas relações amorosas. Estes conceitos que nos foram passados criam em ambos os sexos pressões para atingir esses ideais tão desequilibrados. Tornam-nos submissos a esses papéis e incapazes de fluir na relação, de sermos espontâneos e criativos. No fundo, tiram-nos a nossa liberdade de sermos nós próprios.

É na relação a dois que é mais visível a dinâmica destas duas energias. Quando há muitos conflitos, lutas de poder é porque há um excesso de energia masculina, excesso de fogo na relação. Ambos competem um com o outro porque um quer dominar o outro e subjugá-lo. Aqui não existe Amor, existe necessidade de controlo e ter poder sobre o outro. Isto é devido a insegurança interior. É necessário desenvolver energia feminina por ambas as pessoas da relação, para que haja mais harmonia e cooperação. Só alcançando segurança interior, deixando fluir os sentimentos mais profundos, criando espaço interior para cada um se alimentar e entrar em contacto com as suas necessidades, desenvolver actividades de lazer, etc. Quando há passividade numa relação, esta torna-se estagnada, aborrecida, ambas as pessoas dispersam-se, isolam-se uma da outra, há falta de iniciativa, de fogo na relação. É quando esta precisa de paixão, objectivos comuns, um ideal maior comum que una ambas as pessoas e as apaixone. Há pouco crescimento aqui de ambas as pessoas.

Numa relação equilibrada, dinâmica e harmoniosa, ambas as pessoas devem ter também dinamismo e harmonia. Um não deve ter poder sobre o outro, pois onde há necessidade de poder não existe amor. Para que haja amor numa relação é necessário que haja sacrifício da necessidade de poder, de controlo. Esta necessidade existe devido a insegurança interior, de não se sentir suficiente, à altura. Quando se abdica desta necessidade há uma maior receptividade um ao outro, confiança, flui-se na relação, há cooperação para um propósito comum, ambos permitem-se a aprender um com o outro. É suposto ambos se complementarem, não um dominar a relação e ser responsável por tudo, fazer o trabalho todo, pois quando isto acontece, está-se sozinho na relação, carrega-se um fardo, porque o outro é submisso, ausente, passivo. Não participa activamente na relação, não a ajuda a crescer. E aquele que domina não se permite também a crescer devido à sua necessidade de controlo. É necessário mudar a visão de relacionamento. Esta deve estar assente numa perspectiva de crescimento mútuo, de troca igual. E sempre que haja posições extremas, estas devem ser negociadas, de forma a encontrar um ponto de equilíbrio. Quando duas pessoas se atraiem é porque têm algo a aprender uma com a outra e esta aprendizagem só acontece quando ambos permitem que cada um traga à relação algo de diferente para que ambos cresçam um com o outro. Quando isto não é permitido a relação estagna e entra na rotina, na monotonia. E com o tempo morre.

A um nível global, acontece o mesmo quando um povo ou raça é dominado por outro povo ou raça. Isto cria desequilíbrios e impede que haja troca entre ambos, aprendizagem. Qualquer relação existe para crescimento de ambas as pessoas. Quando isto é permitido atinge-se um outro nível superior, de profundidade, de amor entre as duas pessoas. Tudo o que não permite o crescimento, estagna e morre. É suposto as duas pessoas combinarem as suas forças e fraquezas e se fortalecerem uma à outra ao honrarem-se uma à outra. É esta a grande mudança que está a ser pedida nos relacionamentos. Ninguém é superior a ninguém. Se eu aceitar a crença de que sou superior a outro por ter determinada característica ou qualidade, eu permito que uma terceira pessoa seja superior a mim. É assim que se criam hierarquias, classes, separação, muros. Se pensarmos que todos temos qualidades diferentes uns dos outros e que todos temos a mesma importância, seja de que raça ou sexo formos, haverá lugar para estarmos receptivos a todos e aprendermos uns com os outros. Quando nos colocamos num lugar superior, tornamo-nos arrogantes e não estamos abertos à aprendizagem. Mais tarde ou mais cedo, alguém se coloca acima de nós também, para que experienciemos o outro lado da moeda.


Equilíbrio é o objectivo comum a todos nós. Só assim nos tornaremos num homem ou mulher equilibrados, íntegros e completos. Só assim podemos co-habitar num mundo melhor, mais equilibrado, mais harmonioso. Ser homem ou mulher no mundo de hoje é aceitarmos quem somos, aceitarmos que temos sexos diferentes, corpos diferentes, qualidades diferentes. Que nenhum é melhor ou pior do que o outro, pois ambos têm as suas forças, qualidades e as suas fraquezas e defeitos. Um homem é forte e corajoso quando é capaz de aceitar as suas fraquezas e vulnerabilidades – masculino no exterior e feminino no interior. Uma mulher é calma e receptiva quando descobre a sua força e confiança interiores – feminino no exterior e masculino no interior. Ser homem e ser mulher não depende das máscaras e papéis sociais que usamos, não depende da aparência exterior. Todas estas máscaras precisam de cair e dar lugar a uma nova ideia de ser Homem ou Mulher. Só assim podemos dar espaço e liberdade para que cada um se expresse como se sente, respeitando as suas diferenças. Renascer como um Novo Homem e como uma Nova Mulher.

Sandra Duarte





The Rebirthing of Masculine and Feminine


What does being a Woman or a Man mean nowadays?

More and more, being a Woman or a Man becomes confused. It’s not possible anymore to define feminine or masculine behaviors. The world is going through a major transformation, much needed for the balance of the planet itself. But the ultimate goal is to balance the feminine and masculine energy in each one of us.

The whole universe is composed of two polarities, feminine and masculine energy, opposite and complementary, interacting in a constant dance, in order to create dynamism and harmony with each other. They are co-dependent on each other. One needs the other so that it can grow. They have to cooperate with each other to achieve balance. We can see that represented in the Yin-Yang symbol: the feminine includes within itself the masculine and the masculine includes the feminine inside. One mirrors the inside of the other.

The masculine energy, Yang, is directed outwards, focused to conquer, for action, in achieving goals, planning, represents our rational side, logic thinking, speed, the external manifestation, the process of materialization, srength, courage, passion, competition, determination, the power of selection, focused thinking, assertiveness, pragmatism, confidence. It’s associated with the day, the sun, the sky, fire, air, the father, the authority, the work, the city, straight and angular lines, the visible world, the defined contours, the truth, the clear vision of situations, discernment, expansion, superficiality.
The feminine energy, Yin, is directed inwards, for the feelings and emotions, intuition, the abstract thinking, slowness, the inner voice, pleasure, relaxing and resting, inner peace, beauty, love, softness, gentleness, inner security, receptivity, sensitivity, knowing to flow, compassion, inspiration, acceptance, forgiving, inner strength, sensuality, vulnerability, expressing and communicating emotions, connection, the ability to welcome and care, to nourish the other. It’s associated to the night, the moon, the earth, the water, the mother, family, the home, nature, curvy and wavy lines, the invisible and mysterious world, with undefined contours, what is hidden, wisdom coming from the soul, subjectivity, introversion, depth.

Each one of these energies exists in each one of us. What happens is that there’s a great imbalance in the way we express them.
Our society has developed in excess the masculine energy, focused on reason, in logic thinking, in achieving goals, etc.
Until the last century, there was a great social difference, where man had a superior place to woman. Where man was responsible for sustaining the family and woman managed the home life, doing the household chores and raising the children. Great part of history was told according to a male perspective.
With the evolution of time, many women, when they began leaving the home life to become a part of the world of work, where men dominated, they were forced to develop their masculine energy to be respected and seen as equals to men, with the same rights. They became rational, competitive, braver than many men, focused in action. And moved away from their feminine side, their inner world, their emotions and feelings, from listening to their intuition, the ability to flow, to relax and rest, etc.
What’s happening at the moment, to balance the energies, is that many men began to further develop their feminine side, to get in touch with their emotions, with their intuition and sensitivity, to become more passive, etc.

At this time, the world is going through even more changes and it’s being asked that women and men balance these energies within. Both must be balanced so that relationships themselves between the two people may occur more harmoniously.

The planet itself reflects the imbalance of these two energies. The excess of masculine energy is what leads to wars, to the domination of a people by dictators, to stress, tension and conflicts that live both genders, to the lack of harmony in general. At the individual level, there’s a lack of inner harmony, difficulty in flowing with life situations, lack of internal security that leads to fear and to behaviors of dominance and control of others, of situations and of life in general. Stress and inner agitation are the result of overwork, worries, pressure to achieve goals, of being always busy, a greater demanding on themselves.
To balance this, it’s necessary to create harmony in our lives, developing the feminine energy, arranging time to rest and relax, to do leisure activities, to learn to listen to our inner world, emotions, feelings, intuition, to return connecting to nature, appreciating beauty, changing internal beliefs in order to help us to give up the need for control everything and everyone, and to learn to accept and flow with life, to learn to be more spontaneous, to play more and accept to be surprised, to be receptive to the unexpected, to what isn’t planned, to lose control, etc.

Feminine energy, when in excess, brings passiveness, excessive sensitivity, lack of interest, depression, dependece on others, submission, difficulty in materializing ideas and projects, excessive imagination and fantasy, confusion, dispersion, insecurity, difficulty in acting or taking initiative, expecting others to take initiative and do everything, not knowing to say “No” for there is difficulty in setting bondaries, excessive introversion which leads to a difficulty in creating connections with others.
To balance this energy, it’s necessary to develop a more objective and logical thinking, planning goals, to do sports, to develop projects, do activities that lead us to communicate and establish bonds with others, developing a social life, everything that moves us to action, to be more assertive, to follow our will, to trust more in ourselves.

When both energies balance in us, we can have more balanced and harmonized relationships. But for that it’s also necessary to change many mentalities, beliefs and values that are based on misconceptions of what it is to be a woman or a man, nowadays. There are wrong ideas at this level that need to be left behind, dropped, if we want to develop good loving relationships. These concepts that were passed to us create in both sexes pressure to achieve those so imbalanced ideals. They make us submissive to those roles and being unable to flow in the relationship, to be spontaneous and creative. Basically, they take us our freedom of being ourselves.

It’s in the relationship of two that it’s more visible the dynamics of these two energies. When there are many conflicts, power struggles it’s because there’s excess of masculine energy, excess of fire in the relationship. Both compete with each other because one wants to dominate the other and subdue him. There isn’t love here, there’s a need to control and to have power over the other. This is due to inner insecurity. It’s necessary to develop the feminine energy by both people in the relationship, so there is more harmony and cooperation. Only reaching internal security, letting flow the deeper feelings, creating internal space so that each nourishes and gets in touch with their needs, developing leisure activities, etc. When there’s passiveness in the relationship, this becomes stagnant, boring, both people disperse themselves, isolating from each other, there’s lack of initiative, of fire in the relationship. That’s when this needs passion, common goals, a common higher purpose that unites both people and that they’re passionate about. There’s a lack of growth here for both people.

In a balanced relationship, dynamic and harmonious, both people should also have dynamism and harmony. One must not have power over the other, for where there’s a need for power there isn’t love. So there can be love in a relationship it’s necessary to sacrifice the need for power, for control. This need exists due to inner insecurity, of not feeling good enough, up to the expectations. When we give up of this need there’s a greater receptivity to each other, trust, we flow in the relationship, there’s cooperation for a higher purpose, both allow themselves to learn with each other. It’s supposed that both complement each other, not one dominating the relationship and being responsible for everything, doing all the work, for when this happens, one is alone in the relationship, carries a burden, because the other is submissive, absent, passive. It’s not active involved in the relationship, it doesn’t help it to grow. And the one who dominates doesn’t allow oneself to grow either due to one’s need to control. It’s necessary to change the vision of relationship. This must be based in a perspective of mutual growth, of equal exchange. And whenever there’s extreme positions, these must be negotiated in order to find an equilibrium point. When two people attract each other is because they have something to learn from each other and this learning can only take place when both allow for each to bring something different to the relationship so that both grow with one another. When this isn’t allowed the relationship stagnates and enters in a routine, monotony. And eventually dies.

On a global level, the same happens when a people or race is dominated by another people or race. This creates imbalances and prevents exchanges between both, learning. Any relationship exists for growth of both people. When this is allowed we reach another and higher level, of depth, of love between the two people. All that doesn’t allow growth, stagnates and dies. It’s supposed for the two people to combine their strengths and weaknesses and strengthen one another while honoring each other. This is the big change that is being requested in relationships. Nobody is superior to anyone. If I accept the belief that I’m superior to another for having a certain characteristic or quality, I allow that a third person to be superior to me. That’s how hierarchies, classes, separation, walls, are created. If we think we all have different qualities from each other and that we all have the same importance, in any race or gender, there will be room for us to be receptive to all and to learn from each other. When we put ourselves in a higher place, we become arrogant and we’re not open to the learning process. Sooner or later, someone will also place themselves above us, so we can experience the other side of the coin.

Balance is the common goal for all of us. Only then can we become a balanced man or woman, whole and complete. Only then can we co-inhabit a better, more balanced, more harmonious world. Being a man or a woman in today’s world is to accept who we are, accept that we have different genders, different bodies, different qualities. That noone is better or worse than the other, for both have their strengths, qualities and theirs weaknesses and defects. A man is strong and brave when he’s able to accept his weaknesses and vulnerabilities – masculine outside and feminine inside. A woman is calm and receptive when she discovers her inner strength and confidence – feminine outside and masculine inside. Being a man or a woman doesn’t depend on the social masks and roles we use, doesn’t depend on the outward appearance. All those masks must fall and give room to a new idea of being a Man or Woman. Only then can we give space and freedom for each one to express how one feels, respecting the differences. Reborn as a New Man and as a New Woman.

Sandra Duarte