Seja
um Rei ou Rainha. Nada menos do que isso.
Que
significa isto? O que é ser Rei ou Rainha da nossa vida? É ser a nossa própria
figura de autoridade, governarmos a nossa própria vida, tomarmos as nossas
próprias decisões, assumirmos a responsabilidade das nossas
escolhas. É não deixar que outro tome o controlo da nossa própria vida.
Grande
parte de nós vive sem qualquer poder pessoal. Entregando aos outros toda a
responsabilidade de tomar decisões, fazer escolhas, etc. E por isso vivemos de
cabeça baixa, sendo escravizados pelos outros. Colocando nas mãos deles o
ceptro que nos pertence, o nosso próprio poder. Tomamos decisões dependendo do
que o outro pensa, sente, em vez de as fazermos estando em contacto com os
nossos sentimentos, observando as nossas emoções. Porque elas nos mostram como
está o nosso poder em relação aos outros.
Quando
vivemos uma vida sem qualquer poder pessoal, baixamos a cabeça em relação ao
outro, ficamos dependentes do outro. O que o outro diz, pensa ou sente está em
primeiro lugar quando tomamos as nossas decisões. E se o outro também não
assumir o seu poder pessoal e depender dos outros, torna-se numa sucessão de
entrega do poder pessoal. O poder pessoal de cada um está sempre na mão do
vizinho.
A
maioria das pessoas vive assim, sem qualquer poder pessoal. Colocando na mão
dos outros, no que está fora de si, o seu poder pessoal, a chave da sua própria
vida. Achando que tudo depende dos outros, de situações que acontecem fora de
si.
Nesta
crise que o mundo atravessa, quantos se encostam, dizendo que não vale a
pena fazer nada devido à crise. Estão a colocar o seu poder pessoal fora deles próprios. E se mudassem esta perspectiva? E se agarrassem o seu ceptro de
poder pessoal e assumissem: a crise existe mas eu posso superar a situação.
Como? Desenvolvendo a criatividade para abrir novos caminhos. É no mundo
criativo, de novas ideias, que está a solução para se ultrapassar qualquer
obstáculo. É pensar positivo, de que podemos mudar alguma coisa, e ver novas possibilidades
onde antes não conseguiamos ver. Porque elas sempre estiveram lá, nós é que não
as viamos devido ao nosso próprio pensamento negativo. É esta mudança de
perspectiva que precisa acontecer. E com isso, recuperamos o nosso poder
pessoal.
Nas
relações de qualquer tipo, familiares, de amizade, amorosas, também perdemos o
nosso poder pessoal para outros. Confundimos amar com entregar o nosso poder
pessoal. A imagem que está associada a isto é “Entregar o nosso coração ao
outro porque o amamos”. Entregar o nosso coração ao outro é perder o nosso
poder pessoal porque o nosso coração é o nosso centro de amor, é onde podemos
nos amar a nós próprios e aos outros, é a nossa fonte de amor. Quando o
entregamos, perdemos a capacidade de nos amar e nem sempre o outro tem a
capacidade para devolver esse amor. Para isso era preciso que o outro fosse um
ser elevado e puro, sem quaisquer menos boas intenções. Amar não é perder o
nosso poder pessoal. Quando realmente sentimos amor, sentimo-nos poderosos. O
outro alimenta o nosso poder pessoal, não o tira. É assim que podemos
distinguir o verdadeiro Amor. Quando estamos com alguém que nos faz sentir o
nosso próprio poder, é quando somos realmente amados. E aqui não há lugar para
qualquer tipo de chantagens emocionais. A chantagem emocional é falta de poder
pessoal. Exige-se do outro o que nós não temos, que é poder pessoal. Porque
também o entregámos a outro.
Quando
nos preocupamos muito com o que os outros pensam, estamos a dar-lhes o nosso
poder pessoal. Ficamos aprisionados, limitamo-nos, calamo-nos. Não somos seres
livres. Vivemos aprisionados com as algemas que aceitámos que os outros
colocassem em nós. Enquanto dermos espaço para o que os outros pensam, não
estamos a ser donos da nossa própria vida. Estamos a ser fantoches movidos
pelas mãos dos outros.
Quando
nos sentimos vítimas de situações, de pessoas, não estamos a assumir o nosso
poder pessoal. Só somos vítimas porque nos colocamos no lugar de vítimas, mais
abaixo do que os outros. E quando isso acontece é porque os outros têm um lugar
superior a nós na nossa própria vida, colocamo-los num pedestal. Isto acontece
porque não estamos a conseguir ver o nosso próprio valor, a reconhecer o nosso
próprio poder, a assumi-lo. Não estamos a gostar de nós. Não temos auto-estima.
Se
conseguissemos nos imaginar como Rei ou Rainha da nossa vida, assumindo a nossa
coroa e o nosso ceptro, o que faríamos? Que decisões tomariamos? Que escolhas
fariamos? Qual seria a nossa perspectiva do mundo, dos outros, a partir deste
lugar mais elevado em relação à nossa própria vida?
Sandra Duarte
Be a King or a Queen
Be a King or a Queen. Nothing less than that.
What
does this mean? What does it mean to be King or Queen of our life? It’s to be our own
authority figure, to rule our own life, to take our own decisions, to take responsibility for our choices. It’s to not let the other take control of
our own life.
Most of us lives without any personal
power. Handing to others all the responsibility of taking decisions, making
choices, etc. And so we live with our heads down, being enslaved by others.
Placing in their hands the scepter that belongs to us, our own power. We make
decisions depending on what the other thinks, feels, instead of making them
being in touch with our feelings, observing our own emotions. Because they show
us how is our power in relation to others.
When we live a life without any personal
power, we lower our head in relation to the other, we become dependent on the
other. What the other says, thinks or feels is in first place when we take our
decisions. And if the other doesn’t also assume his personal power and depends
on others, it becomes a succession of handing over one’s personal power. The
personal power of each one is always in the neighbor’s hands.
Most people live like this, without any
personal power. Placing in another’s hands, in what’s outside himself, his
personal power, the key to his own life. Thinking that everything depends on
others, on situations that happen outside himself.
In this crisis the world is going
through, how many lean on themselves, saying it’s not worth doing anything due
to the crisis. They’re placing their personal power outside themselves. What if
they changed this perspective? What if they grabed their scepter of personal
power and assumed: the crisis exists but I can overcome the situation. How? Developing creativity to open new paths. It’s in the
creative world, of new ideas, that is the solution to overcome any obstacle.
It’s to think positive, that we can change something, and see new possibilities
where before we couldn’t see any. Because they were always there, we just
couldn’t see them due to our own negative thinking. This is the shift in
perspective that needs to happen. And with it, we recover our personal power.
In the relationships of any kind,
family, friendships, love affairs, we also lose our personal power to others.
We confuse loving with handing over our personal power. The image associated to
this is “Giving our heart to the other because we love him”. Giving our heart
to another is to lose our personal power because the heart is our center of
love, is where we can love ourselves and others, is our source of love. When we
give it away we lose the ability to love ourselves and the other isn’t always
able to return that love. For that it would be necessary for the other to be a
high and pure being, without any less good intentions. To love isn’t to lose
our personal power. When we really feel love, we feel powerful. The other
nourishes our personal power, doesn’t take it away. That’s how we can
distinguish true Love. When we’re with someone who makes us feel our own power
is when we’re really loved. And here there’s no place for any type of emotional
blackmail. Emotional blackmail is lack
of personal power. We demand of the other what we don’t have, which is personal
power. Because we also gave it away to another.
When we worry too much about what others
think, we’re giving them our personal power. We get imprisoned, we limit
ourselves, we silence ourselves. We are not free beings. We live imprisoned
with handcuffs we accepted others to put on us. As long as we give space to
what others think, we aren’t owning our own life. We’re being puppets being
moved by others’ hands.
When we feel victim of situations, of
people, we are not assuming our personal power. We’re only victims because we
put ourselves in the place of victims, lower than others. And when that happens
it’s because others have a higher position to us in our own life, we put them
on a pedestal. This happens because we’re not able to see our own value, aknowledging
our own power, assuming it. We’re not liking ourselves. We don’t have self-esteem.
If we could imagine ourselves as King or
Queen of our life, taking our crown and our scepter, what would we do? What
decisions would we take? What choices
would we make? What would be our perspective of the world, of others, from this higher place
in relation to our own life?
Sandra Duarte
Sem comentários:
Enviar um comentário