As
pessoas são atraídas umas para as outras de acordo com a energia que vibram.
Ressonância. É quando dois seres ou partículas estão na mesma vibração
energética. É assim que somos atraídos para certas pessoas, lugares, situações,
etc. Porque estamos em ressonância com isso. Porque a nossa vibração interna
identifica-se com a vibração da outra pessoa, lugar, coisa. É como se as duas
estivessem a vibrar a mesma nota musical. “A ressonância ocorre quando um campo
responde por simpatia a outro e trocam energia entre si”. Estão na mesma
frequência. Um é espelho do outro. Um exemplo muito claro é quando nós não
gostamos de nós próprios, atraimos pessoas que também não gostam de nós. Quando
passamos por uma rejeição é porque em nós vibra a informação energética de que
não gostamos de nós próprios. Os outros apenas nos espelham isso. Se nós
valorizarmos demasiado o dinheiro atraimos pessoas à nossa volta, que
provavelmente têm muitos problemas de dinheiro e por isso o sobrevalorizam.
Igual atrai igual.
Sabendo
isto, podemos assim mudar a nossa frequência quando algo não está bem, mudando
a nossa forma de pensar. Mudando isto, mudam também as emoções que alimentamos,
muda a nossa vibração energética. Para que sejamos aceites, amados, começamos
por nos aceitar, nos amarmos, em primeiro lugar. Alimentar emoções de
apreciação por nós próprios. E as pessoas, coisas, circunstâncias mudam também.
Nada
é fruto do acaso. Ao contrário do que parece, existe uma ordem invisível que
liga tudo e todos e nos traz as lições necessárias à nossa evolução, no momento
exacto, atraindo a pessoa, situação, lugar, coisa, exactos para chegarmos mais
além. É como se houvesse um plano invisível para cada um de nós, e cada uma
dessas lições contribui para esse plano.
Cada
uma dessas partes em sombra pode ser egoista, manipuladora, ciumenta, se vestir
de vítima, ser crítica e exigente, se isolar, criar muros, excessivamente
emocional, possessiva, materialista, carente, excessivamente protectora, calculista,
invejosa, etc. Podem existir muitas partes de nós por evoluir. Mas também
existem partes de nós mais positivas mas das quais não temos consciência, tais
como a nossa parte mais brincalhona, mais pura, o professor em nós, a mãe
protectora, a parte corajosa, forte, confiante, inocente, líder, sábia,
clarividente, amorosa, etc.
E
o que consideramos imperfeito em nós pode ser igualmente variado, desde
características físicas do nosso corpo a capacidades que temos ou não temos.
Tudo depende do que nós ou a sociedade considera ser o padrão ideal. E tudo o
que não satisfaz esse padrão é considerado imperfeito.
Uma
parte da nossa evolução passa por aceitarmos todos esses espelhos à nossa
volta, iluminar todas as nossas facetas através deles. Trazer à consciência as
partes de nós que estão menos evoluídas e elevá-las para uma nova forma de ser.
Reconhecer as partes de nós mais positivas e aceitar aquilo que em nós
consideramos não ser perfeito, que está fora do padrão estabelecido pela
sociedade, aquilo que é diferente, que pode não ser aceite pelos outros, aquilo
que nos incomoda, ou que não é positivo. Só assim podemos evoluir o que ainda
não está iluminado, isto é, as partes de nós que estão longe do coração.
Como
é que podemos evoluir algo em nós que não aceitamos ser menos evoluído, que
esteja em sombra, que não reconhecemos em nós? Como é que evoluímos isso quando
rejeitamos essa parte? Fingimos que não a temos. Negamo-la. Escondemo-la de nós
próprios.
O
que acontece é que a nossa sociedade nos educou para sermos perfeitos, para
atingirmos certos padrões. Isso criou em nós uma ansiedade para preencher esse
papel. Mas não nos ensinou a aceitar estar fora desse padrão, a ser diferente,
a aceitar aquilo que em nós ainda não é bom ou bonito, iluminado, evoluído. A
olhar para tudo isso desapegadamente e ver isso como algo a ser reconhecido em
nós e que precisa ser compreendido, aceite. A aceitar isso como uma experiência
de aprendizagem também válida. Pois, por vezes, é através dela que se dá a verdadeira
compreensão. Focou-nos em metas, objectivos, sucesso, mas não nos ensinou a
aceitar as derrotas e a conviver com elas, a ultrapassá-las. A olhar para elas
e a questionarmo-nos “O que aprendo com esta derrota? Porque passei por isto? O
que a vida me quer ensinar com isto?”
O
que acontece realmente é que ao não aceitarmos tudo aquilo que é menos bom ou
menos bonito em nós, ou que nos torna diferentes dos outros, ficamos obcecados
com isso, damos-lhe um espaço enorme na nossa vida. Identificamo-nos com isso.
E a nossa vida passa a ser isso. Acumulamos raiva contra nós próprios,
diminuimo-nos, escondemo-nos. E como não o enfrentamos, o assumimos e o
aceitamos, isso surge sempre na nossa vida mais tarde ou mais cedo para nos
incomodar, criar conflitos, desarmonia. E é por isto que cada pessoa que surge
no nosso caminho vem nos mostrar isso em nós, o que ainda não está resolvido,
aceite. É por isto que surgem os desconfortos, os conflitos, as desarmonias.
Se
nós não aceitarmos o corpo que temos, atraimos as pessoas que criticam o nosso
corpo, ou então somos reactivos a quem critica os corpos dos outros. Torna-se
num assunto que nos incomoda e ao qual somos muito sensíveis. O pensamento que
existe dentro de nós é reflectido nas pessoas à nossa volta. Elas dão vida ao
nosso pensamento, vestem a sua pele. Tornam-se personagens do nosso diálogo
interno. Como resolver isto?
Criar
harmonia dentro de nós para que haja harmonia fora de nós.
E
esta harmonização passa por fazer paz dentro de nós, com o nosso corpo, característica,
aquilo que em nós nos incomoda. Apreciar esta parte. Encontrar nela a sua
beleza, mesmo que tão diferente da dos outros. E ao mudarmos a nossa visão de
nós próprios, o nosso reflexo no espelho também muda. Perceberemos que aquilo
que nos incomodava tanto em nós num determinado ambiente (grupo ou local),
noutro ambiente (grupo ou local) nem dão tanta importância assim, e até pode
ser motivo de grande apreciação.
Eu sinto muito! Eu perdoo-te! Eu
amo-te! Obrigado!
(baseado
na técnica Ho’Oponopono)
É
assim que iluminamos as partes de nós que ainda estão em sombra. Que ainda não
evoluiram. Que ainda agem de forma imatura e desalinhada com o coração. As
partes de nós que temos dificuldade em aceitar e que precisamos harmonizar.
A
cada pessoa, coisa, lugar, parte de nós, que existe na nossa vida e nos causa
desconforto, conflito, desarmonia.
Eu
sinto muito! Eu sinto muito por te causar desconforto, por te magoar, por não
saber expressar da melhor forma o meu amor por ti, por ter dificuldade em te
aceitar, por não conseguir mostrar-te o meu lado mais elevado.
Eu
perdoo-te! Eu perdoo-te pelo desconforto que me causas, porque sei que é a
única forma de eu tomar consciência da parte de mim que precisa evoluir. Perdoo-te
porque me ajudas a atingir o limite de que preciso para mudar de perspectiva, mudar
de atitude. Perdoo-te porque através de ti, eu perdoo-me a mim próprio.
Eu
amo-te! Eu amo-te porque reflectes a parte de mim que ainda é imperfeita,
imatura, que não sabe ainda amar, que ainda está longe do coração. Eu amo-te e
através do meu amor incondicional eu chamo essa parte de mim para o coração,
para regressar ao caminho do Amor. Eu amo-te porque através de ti, eu aprendo a
me amar em todos os aspectos.
Obrigado!
Eu agradeço-te porque espelhas a parte de mim que ainda está em sombra.
Agradeço-te por surgires na minha vida e me dares a possibilidade de reconhecer
a minha sombra, de a iluminar, de a fazer crescer. Eu agradeço-te porque és a
pessoa (coisa, lugar, parte de mim) certa, na hora certa, no lugar certo, para
aprender esta lição. Através de ti, eu evoluo, eu ganho mais luz.
Sandra Duarte
Mirror of Mine
People are attracted to each other
according to the energy they vibrate. Resonance. That’s when two beings or
particles are in the same energetic vibration. That’s how we are attracted to
certain people, places, situations, etc. Because we are in resonance with it.
Because our internal vibration identifies itself with the vibration of the
other person, place, thing. It’s as if the two were vibrating the same musical
note. “Resonance occurs when a field responds sympathetically to another and
exchange energy with each other”. They’re on the same frequency. One is
another’s mirror. A very clear example is when we don’t like ourselves we attract
people who don’t like us either. When we go through a rejection it’s because in
us vibrates the energetic information that we don’t like ourselves. The others
just reflect us that. If we value too much money we attract people around us,
that probably have many problems with money and so, they overvalue it. Like attracts like.
Knowing this, we can thus change our own
frequency when something is not right, changing the way we think. Changing
this, the emotions we nourish also change, our energetic vibration changes. For
us to be accepted, loved, we begin by accepting ourselves, by loving ourselves
in the first place. Nourishing emotions of appreciation for ourselves. And
people, things, circumstances also change.
Nothing is coincidence. Contrary to what
seems, there’s an invisible order that connects everything and everyone and
brings us the necessary lessons to our evolution, in the exact moment,
attracting the exact person, situation, place, thing, so we get beyond. It’s as
if there was an invisible plan for each one of us, and each one of those
lessons contributes to that plan.
Each one of these parts in shadow can be
selfish, manipulative, jealous, dress as a victim, be critical and demanding,
isolate itself, create walls, overly emotional, possessive, materialistic,
needy, overly protective, calculating, envious, etc. There may be so many parts
of us to evolve.
But there are also more positive parts
of us but which we are not aware of, such as our more playful part, more pure,
the teacher in us, the protective mother, the brave part, strong, confident, innocent, leader, wise,
clairvoyant, loving, etc.
And what we consider imperfect in us may
be as varied, from physical features of our body to capabilities we have or don’t
have. Everything depends on what we or society considers to be the ideal standard.
And all that doesn’t meet this standard, it’s considered imperfect.
A part of our evolution passes through
the acceptance of all those mirrors around us, enlightening all our aspects through
them. Bringing to consciousness the parts of us which are less evolved and
raising them to a new way of being. Recognizing the more positive parts of us
and accepting what we consider not to be perfect in us, that is outside the
standard established by the society, what is different, that may not be
accepted by others, what bothers us, or what is not positive. Only then can we evolve
what is not yet enlightened, that is, the parts of us that are far from the
heart.
How can we evolve something in us that
we don’t accept to be less evolved, that is in shadow, that we don’t recognize
in us? How can we evolve that when we reject that part? We pretend we don’t have it. We deny it. We hide it from
ourselves.
What happens is that our society educated
us to be perfect, to achieve certain standards. That created anxiety in us to
fulfill that role. But it hasn’t taught us to accept being outside this
standard, to be different, to accept what in us is not yet good or beautiful,
enlightened, evolved. To look at all that with detachment and see that as
something to be recognized in us and that needs to be understood, accepted. To
accept that as a learning experience also valid. For, sometimes, it’s through it
that true understanding takes place. It has focused us in goals, objectives,
success, but it hasn’t taught us to accept defeats and to live with them, to
overcome them. To look at them and question ourselves “What do I learn from
this defeat? Why did I went through this? What is life teaching me with this?”
What actually happens is that by not
accepting all that is less good or less beautiful in us, or that makes us
different from others, we become obsessed with that, we give it too much space
in our life. We identify ourselves with that. And our life becomes that. We
accumulate anger against ourselves, diminishing us, hiding ourselves. And
because we don’t face that, assume and accept that, that always comes up in our
life sooner or later to bother us, to create conflicts, disharmony. And this is
why every person that comes our way comes to show us that in us, what is not
yet resolved, accepted. This is why discomforts, conflicts, disharmonies arise.
If we don’t accept the body we have, we
attract the people who criticize our body, or then we get reactive to those who
criticize the bodies of others. It becomes an issue that bothers us or which we’re
sensitive to. The thought that exists within us is reflected in the people
around us. They give life to our thought, they wear its skin. They become
characters of our internal dialogue. How to solve this?
Creating harmony within us so there
could be harmony outside of us.
And this harmonization passes through
making peace within us, with our body, feature, what in us bothers us.
Appreciating this part. Finding in it its beauty even though so different from
others. And when we change our vision of ourselves, our reflection in the
mirror also changes. We will realize that what bothered us so much in us in a
certain environment (group or place), in another environment (group or place)
don’t give that much importance, and it may even be a reason of great
appreciation.
I’m sorry! I forgive you! I love you! Thank you!
(based in Ho’Oponopono technique)
This is how we enlighten the parts of us
which are still in shadow. That aren’t yet evolved. That still act in an
immature way and misaligned with the
heart. The parts of us that we have difficulty in accepting and that we need to
harmonize.
To each person, thing, place, part of
us, that exists in our life and causes us discomfort, conflict, disharmony.
I’m sorry! I’m sorry for causing you
discomfort, for hurting you, for not knowing the best way to express my love
for you, for having difficulty in accepting you, for failing to show you my highest
side.
I forgive you! I forgive you for the
discomfort you cause me, because I know that it’s the only way for me to become
aware of the part of me that needs to evolve. I forgive you because you help me
to reach the limit I need to change perspective, to change attitude. I forgive
you because through you, I forgive myself.
I
love you! I love you because you reflect the part of me that is still imperfect,
immature, that doesn’t know how to love yet, that is still far from the heart.
I love you and through my unconditional love I call that part of me to my
heart, to return to the path of Love. I love you because through you, I learn
to love myself in all aspects.
Thank
you! I thank you because you mirror the part of me that is still in shadow. I
thank you for coming up in my life and giving me the possibility to acknowledge
my shadow, to illuminate it, to make it grow. I thank you because you’re the
right person (thing, place, part of me), in the right time, in the right place,
to learn this lesson. Through you, I evolve, I gain more light.
Sandra Duarte
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