sábado, 28 de dezembro de 2013

Espelho Meu



As pessoas são atraídas umas para as outras de acordo com a energia que vibram. Ressonância. É quando dois seres ou partículas estão na mesma vibração energética. É assim que somos atraídos para certas pessoas, lugares, situações, etc. Porque estamos em ressonância com isso. Porque a nossa vibração interna identifica-se com a vibração da outra pessoa, lugar, coisa. É como se as duas estivessem a vibrar a mesma nota musical. “A ressonância ocorre quando um campo responde por simpatia a outro e trocam energia entre si”. Estão na mesma frequência. Um é espelho do outro. Um exemplo muito claro é quando nós não gostamos de nós próprios, atraimos pessoas que também não gostam de nós. Quando passamos por uma rejeição é porque em nós vibra a informação energética de que não gostamos de nós próprios. Os outros apenas nos espelham isso. Se nós valorizarmos demasiado o dinheiro atraimos pessoas à nossa volta, que provavelmente têm muitos problemas de dinheiro e por isso o sobrevalorizam. Igual atrai igual.

Sabendo isto, podemos assim mudar a nossa frequência quando algo não está bem, mudando a nossa forma de pensar. Mudando isto, mudam também as emoções que alimentamos, muda a nossa vibração energética. Para que sejamos aceites, amados, começamos por nos aceitar, nos amarmos, em primeiro lugar. Alimentar emoções de apreciação por nós próprios. E as pessoas, coisas, circunstâncias mudam também.

Nada é fruto do acaso. Ao contrário do que parece, existe uma ordem invisível que liga tudo e todos e nos traz as lições necessárias à nossa evolução, no momento exacto, atraindo a pessoa, situação, lugar, coisa, exactos para chegarmos mais além. É como se houvesse um plano invisível para cada um de nós, e cada uma dessas lições contribui para esse plano.

Cada pessoa que encontramos na nossa vida é um espelho de nós. Cada uma reflecte uma parte de nós. Surge como uma oportunidade para nos conhecermos, para tomarmos consciência de quem somos. Tomarmos consciência de qualidades que temos, pensamentos, crenças, valores, traços de carácter, emoções, reacções, etc. E podemos aproveitar esta oportunidade para iluminar as partes de nós que ainda estão em sombra, que causam desconforto, desarmonia, que consideramos imperfeitas e imaturas, diferentes, sem amor, que não são compreendidas, aceites por nós.
Cada uma dessas partes em sombra pode ser egoista, manipuladora, ciumenta, se vestir de vítima, ser crítica e exigente, se isolar, criar muros, excessivamente emocional, possessiva, materialista, carente, excessivamente protectora, calculista, invejosa, etc. Podem existir muitas partes de nós por evoluir. Mas também existem partes de nós mais positivas mas das quais não temos consciência, tais como a nossa parte mais brincalhona, mais pura, o professor em nós, a mãe protectora, a parte corajosa, forte, confiante, inocente, líder, sábia, clarividente, amorosa, etc.
E o que consideramos imperfeito em nós pode ser igualmente variado, desde características físicas do nosso corpo a capacidades que temos ou não temos. Tudo depende do que nós ou a sociedade considera ser o padrão ideal. E tudo o que não satisfaz esse padrão é considerado imperfeito.

Uma parte da nossa evolução passa por aceitarmos todos esses espelhos à nossa volta, iluminar todas as nossas facetas através deles. Trazer à consciência as partes de nós que estão menos evoluídas e elevá-las para uma nova forma de ser. Reconhecer as partes de nós mais positivas e aceitar aquilo que em nós consideramos não ser perfeito, que está fora do padrão estabelecido pela sociedade, aquilo que é diferente, que pode não ser aceite pelos outros, aquilo que nos incomoda, ou que não é positivo. Só assim podemos evoluir o que ainda não está iluminado, isto é, as partes de nós que estão longe do coração.

Como é que podemos evoluir algo em nós que não aceitamos ser menos evoluído, que esteja em sombra, que não reconhecemos em nós? Como é que evoluímos isso quando rejeitamos essa parte? Fingimos que não a temos. Negamo-la. Escondemo-la de nós próprios.

O que acontece é que a nossa sociedade nos educou para sermos perfeitos, para atingirmos certos padrões. Isso criou em nós uma ansiedade para preencher esse papel. Mas não nos ensinou a aceitar estar fora desse padrão, a ser diferente, a aceitar aquilo que em nós ainda não é bom ou bonito, iluminado, evoluído. A olhar para tudo isso desapegadamente e ver isso como algo a ser reconhecido em nós e que precisa ser compreendido, aceite. A aceitar isso como uma experiência de aprendizagem também válida. Pois, por vezes, é através dela que se dá a verdadeira compreensão. Focou-nos em metas, objectivos, sucesso, mas não nos ensinou a aceitar as derrotas e a conviver com elas, a ultrapassá-las. A olhar para elas e a questionarmo-nos “O que aprendo com esta derrota? Porque passei por isto? O que a vida me quer ensinar com isto?”

O que acontece realmente é que ao não aceitarmos tudo aquilo que é menos bom ou menos bonito em nós, ou que nos torna diferentes dos outros, ficamos obcecados com isso, damos-lhe um espaço enorme na nossa vida. Identificamo-nos com isso. E a nossa vida passa a ser isso. Acumulamos raiva contra nós próprios, diminuimo-nos, escondemo-nos. E como não o enfrentamos, o assumimos e o aceitamos, isso surge sempre na nossa vida mais tarde ou mais cedo para nos incomodar, criar conflitos, desarmonia. E é por isto que cada pessoa que surge no nosso caminho vem nos mostrar isso em nós, o que ainda não está resolvido, aceite. É por isto que surgem os desconfortos, os conflitos, as desarmonias.

Se nós não aceitarmos o corpo que temos, atraimos as pessoas que criticam o nosso corpo, ou então somos reactivos a quem critica os corpos dos outros. Torna-se num assunto que nos incomoda e ao qual somos muito sensíveis. O pensamento que existe dentro de nós é reflectido nas pessoas à nossa volta. Elas dão vida ao nosso pensamento, vestem a sua pele. Tornam-se personagens do nosso diálogo interno. Como resolver isto?

Criar harmonia dentro de nós para que haja harmonia fora de nós.

E esta harmonização passa por fazer paz dentro de nós, com o nosso corpo, característica, aquilo que em nós nos incomoda. Apreciar esta parte. Encontrar nela a sua beleza, mesmo que tão diferente da dos outros. E ao mudarmos a nossa visão de nós próprios, o nosso reflexo no espelho também muda. Perceberemos que aquilo que nos incomodava tanto em nós num determinado ambiente (grupo ou local), noutro ambiente (grupo ou local) nem dão tanta importância assim, e até pode ser motivo de grande apreciação.


Eu sinto muito! Eu perdoo-te! Eu amo-te! Obrigado!
(baseado na técnica Ho’Oponopono)

É assim que iluminamos as partes de nós que ainda estão em sombra. Que ainda não evoluiram. Que ainda agem de forma imatura e desalinhada com o coração. As partes de nós que temos dificuldade em aceitar e que precisamos harmonizar.

A cada pessoa, coisa, lugar, parte de nós, que existe na nossa vida e nos causa desconforto, conflito, desarmonia.

Eu sinto muito! Eu sinto muito por te causar desconforto, por te magoar, por não saber expressar da melhor forma o meu amor por ti, por ter dificuldade em te aceitar, por não conseguir mostrar-te o meu lado mais elevado.

Eu perdoo-te! Eu perdoo-te pelo desconforto que me causas, porque sei que é a única forma de eu tomar consciência da parte de mim que precisa evoluir. Perdoo-te porque me ajudas a atingir o limite de que preciso para mudar de perspectiva, mudar de atitude. Perdoo-te porque através de ti, eu perdoo-me a mim próprio.

Eu amo-te! Eu amo-te porque reflectes a parte de mim que ainda é imperfeita, imatura, que não sabe ainda amar, que ainda está longe do coração. Eu amo-te e através do meu amor incondicional eu chamo essa parte de mim para o coração, para regressar ao caminho do Amor. Eu amo-te porque através de ti, eu aprendo a me amar em todos os aspectos.

Obrigado! Eu agradeço-te porque espelhas a parte de mim que ainda está em sombra. Agradeço-te por surgires na minha vida e me dares a possibilidade de reconhecer a minha sombra, de a iluminar, de a fazer crescer. Eu agradeço-te porque és a pessoa (coisa, lugar, parte de mim) certa, na hora certa, no lugar certo, para aprender esta lição. Através de ti, eu evoluo, eu ganho mais luz.


Sandra Duarte



Mirror of Mine


People are attracted to each other according to the energy they vibrate. Resonance. That’s when two beings or particles are in the same energetic vibration. That’s how we are attracted to certain people, places, situations, etc. Because we are in resonance with it. Because our internal vibration identifies itself with the vibration of the other person, place, thing. It’s as if the two were vibrating the same musical note. “Resonance occurs when a field responds sympathetically to another and exchange energy with each other”. They’re on the same frequency. One is another’s mirror. A very clear example is when we don’t like ourselves we attract people who don’t like us either. When we go through a rejection it’s because in us vibrates the energetic information that we don’t like ourselves. The others just reflect us that. If we value too much money we attract people around us, that probably have many problems with money and so, they overvalue it. Like attracts like.

Knowing this, we can thus change our own frequency when something is not right, changing the way we think. Changing this, the emotions we nourish also change, our energetic vibration changes. For us to be accepted, loved, we begin by accepting ourselves, by loving ourselves in the first place. Nourishing emotions of appreciation for ourselves. And people, things, circumstances also change.

Nothing is coincidence. Contrary to what seems, there’s an invisible order that connects everything and everyone and brings us the necessary lessons to our evolution, in the exact moment, attracting the exact person, situation, place, thing, so we get beyond. It’s as if there was an invisible plan for each one of us, and each one of those lessons contributes to that plan.

Each person we meet in our life is a mirror of us. Each one reflects a part of us. It appears as an opportunity to know ourselves, to gain consciousness of who we are. To gain consciousness of qualities we have, thoughts, beliefs, values, character traits, emotions, reactions, etc. And we can take this opportunity to enlighten the parts of us which are still in shadow, causing discomfort, disharmony, which we consider imperfect and immature, different, without love, that are not understood, accepted by us.
Each one of these parts in shadow can be selfish, manipulative, jealous, dress as a victim, be critical and demanding, isolate itself, create walls, overly emotional, possessive, materialistic, needy, overly protective, calculating, envious, etc. There may be so many parts of us to evolve.
But there are also more positive parts of us but which we are not aware of, such as our more playful part, more pure, the teacher in us, the protective mother, the brave part,  strong, confident, innocent, leader, wise, clairvoyant, loving, etc.
And what we consider imperfect in us may be as varied, from physical features of our body to capabilities we have or don’t have. Everything depends on what we or society considers to be the ideal standard. And all that doesn’t meet this standard, it’s considered imperfect.

A part of our evolution passes through the acceptance of all those mirrors around us, enlightening all our aspects through them. Bringing to consciousness the parts of us which are less evolved and raising them to a new way of being. Recognizing the more positive parts of us and accepting what we consider not to be perfect in us, that is outside the standard established by the society, what is different, that may not be accepted by others, what bothers us, or what is not positive. Only then can we evolve what is not yet enlightened, that is, the parts of us that are far from the heart.

How can we evolve something in us that we don’t accept to be less evolved, that is in shadow, that we don’t recognize in us? How can we evolve that when we reject that part? We pretend we don’t have it. We deny it. We hide it from ourselves.

What happens is that our society educated us to be perfect, to achieve certain standards. That created anxiety in us to fulfill that role. But it hasn’t taught us to accept being outside this standard, to be different, to accept what in us is not yet good or beautiful, enlightened, evolved. To look at all that with detachment and see that as something to be recognized in us and that needs to be understood, accepted. To accept that as a learning experience also valid. For, sometimes, it’s through it that true understanding takes place. It has focused us in goals, objectives, success, but it hasn’t taught us to accept defeats and to live with them, to overcome them. To look at them and question ourselves “What do I learn from this defeat? Why did I went through this? What is life teaching me with this?”

What actually happens is that by not accepting all that is less good or less beautiful in us, or that makes us different from others, we become obsessed with that, we give it too much space in our life. We identify ourselves with that. And our life becomes that. We accumulate anger against ourselves, diminishing us, hiding ourselves. And because we don’t face that, assume and accept that, that always comes up in our life sooner or later to bother us, to create conflicts, disharmony. And this is why every person that comes our way comes to show us that in us, what is not yet resolved, accepted. This is why discomforts, conflicts, disharmonies arise.

If we don’t accept the body we have, we attract the people who criticize our body, or then we get reactive to those who criticize the bodies of others. It becomes an issue that bothers us or which we’re sensitive to. The thought that exists within us is reflected in the people around us. They give life to our thought, they wear its skin. They become characters of our internal dialogue. How to solve this?

Creating harmony within us so there could be harmony outside of us.

And this harmonization passes through making peace within us, with our body, feature, what in us bothers us. Appreciating this part. Finding in it its beauty even though so different from others. And when we change our vision of ourselves, our reflection in the mirror also changes. We will realize that what bothered us so much in us in a certain environment (group or place), in another environment (group or place) don’t give that much importance, and it may even be a reason of great appreciation.


I’m sorry! I forgive you! I love you! Thank you!
(based in Ho’Oponopono technique)

This is how we enlighten the parts of us which are still in shadow. That aren’t yet evolved. That still act in an immature way and misaligned  with the heart. The parts of us that we have difficulty in accepting and that we need to harmonize.

To each person, thing, place, part of us, that exists in our life and causes us discomfort, conflict, disharmony.

I’m sorry! I’m sorry for causing you discomfort, for hurting you, for not knowing the best way to express my love for you, for having difficulty in accepting you, for failing to show you my highest side.

I forgive you! I forgive you for the discomfort you cause me, because I know that it’s the only way for me to become aware of the part of me that needs to evolve. I forgive you because you help me to reach the limit I need to change perspective, to change attitude. I forgive you because through you, I forgive myself.

I love you! I love you because you reflect the part of me that is still imperfect, immature, that doesn’t know how to love yet, that is still far from the heart. I love you and through my unconditional love I call that part of me to my heart, to return to the path of Love. I love you because through you, I learn to love myself in all aspects.

Thank you! I thank you because you mirror the part of me that is still in shadow. I thank you for coming up in my life and giving me the possibility to acknowledge my shadow, to illuminate it, to make it grow. I thank you because you’re the right person (thing, place, part of me), in the right time, in the right place, to learn this lesson. Through you, I evolve, I gain more light.


Sandra Duarte




Sem comentários:

Enviar um comentário