O que é ser Mulher ou ser
Homem hoje em dia?
Todo o universo é composto
por duas polaridades, as energias feminina e masculina, opostas e
complementares, que interagem numa dança constante, de forma a criarem dinamismo
e harmonia entre si. Elas são co-dependentes uma da outra. Uma precisa da outra
para que possa crescer. Têm de cooperar uma com a outra para alcançar o
equilíbrio. Podemos ver isso representado no símbolo do Yin-Yang: O feminino
inclui dentro de si o masculino e o masculino inclui no seu interior o
feminino. Um espelha o interior do outro.
A energia masculina, yang, é
voltada para o exterior, focada em conquistar, na acção, em atingir metas, no planejamento,
representa o nosso lado racional, o pensamento lógico, a rapidez, a
manifestação externa, o processo de materialização, a força, a coragem, a
paixão, a competição, a determinação, o poder de selecção, pensamento focado, a
assertividade, o pragmatismo, a confiança. Está associada ao dia, ao sol, ao
céu, ao fogo, ao ar, ao pai, a autoridade, ao trabalho, à cidade, às linhas
rectas e angulosas, ao mundo visível, com contornos definidos, à verdade, à
visão clara das situações, ao discernimento, à expansão, à superficialidade.
A energia feminina, yin, é
voltada para o interior, para os sentimentos e emoções, a intuição, o
pensamento abstracto, a lentidão, a voz interna, o prazer, o relaxar e
descansar, a paz interior, a beleza, o amor, a suavidade, gentileza, a
segurança interna, a receptividade, a sensibilidade, o saber fluir, a
compaixão, a inspiração, a aceitação, o perdoar, a força interior, a
sensualidade, a vulnerabilidade, a expressão e comunicação das emoções, a
conexão, a capacidade de acolher e cuidar, de alimentar o outro. Está associada
à noite, à lua, à terra, à água, à mãe, à familia, à casa, à natureza, às
linhas curvas e onduladas, ao mundo invisível e misterioso, com contornos
indefinidos, ao que está escondido, à sabedoria vinda da alma, à subjectividade,
à introversão, à profundidade.
Cada uma destas energias
existe em cada um de nós. O que acontece é que existe um grande desequilíbrio
na forma como as expressamos.
A nossa sociedade
desenvolveu em excesso a energia masculina, focada na razão, no pensamento
lógico, no atingir objectivos, etc.
Até ao século passado, existia
uma grande diferença social, em que o homem tinha um lugar superior à mulher. Em
que o homem era responsável pelo sustento da familia e a mulher geria a vida do
lar, fazendo as tarefas domésticas e cuidando dos filhos. Grande parte da
história foi contada segundo uma perspectiva masculina.
Com a evolução dos tempos, muitas
mulheres, quando começaram a deixar a vida de casa para fazer parte do mundo do
trabalho, onde dominavam os homens, viram-se obrigadas a desenvolver a sua energia
masculina para serem respeitadas e vistas como iguais aos homens, com os mesmos
direitos. Tornaram-se racionais, competitivas, mais corajosas que muitos
homens, focadas na acção. E afastaram-se do seu lado feminino, do seu mundo
interno, das suas emoções e sentimentos, do ouvir a sua intuição, da capacidade
de fluir, do relaxar e descansar, etc.
O que está a acontecer
neste momento, para haver equilíbrio entre as energias, é que muitos homens
começaram a desenvolver mais o seu lado feminino, a contactar com as suas
emoções, com a sua intuição e sensibilidade, a serem mais passivos, etc.
Neste momento, o mundo
atravessa mais mudanças ainda e está a ser pedido que as mulheres e os homens
equilibrem estas energias dentro de si. Ambas devem estar equilibradas para que
os próprios relacionamentos entre os dois sexos possa ocorrer mais
harmoniosamente.
O próprio planeta reflecte
o desequilíbrio destas duas energias. O excesso de energia masculina é o que
leva às guerras, à dominação de um povo por ditadores, ao stress, tensão e conflitos
que vivem ambos os sexos, à falta de harmonia de uma forma geral. A nível
individual, há falta de harmonia interior, dificuldade em fluir com as
situações da vida, falta de segurança interna que leva ao medo e a comportamentos
de domínio e controlo dos outros, das situações e da própria vida em geral. O
stress e a agitação interna são resultantes do excesso de trabalho,
preocupações, pressão para atingir objectivos, do estar-se sempre ocupado, uma
maior exigência consigo próprios.
Para equilibrar isto, é
necessário criar harmonia nas nossas vidas, desenvolvendo a energia feminina,
arranjando tempo para descansar e relaxar, para se fazer actividades de lazer,
aprender a ouvir o nosso mundo interno, emoções, sentimentos, a intuição,
voltar ao contacto com a natureza, apreciar o belo, transformar crenças
internas de forma a ajudar-nos a abdicar da necessidade de controlar tudo e
todos, e aprender a aceitar e fluir com a vida, aprender a ser-se mais
espontâneo, brincar mais e aceitar ser-se surpreendido, estar receptivo ao
inesperado, ao que não é planeado, perder o controlo, etc.
A energia feminina, quando
em excesso, traz passividade, excesso de sensibilidade, falta de interesse, depressão,
dependência dos outros, submissão, dificuldade em materializar ideias e
projectos, excesso de imaginação e fantasia, confusão, dispersão, insegurança,
dificuldade em agir ou tomar iniciativa, ficar à espera que os outros tomem a
iniciativa e façam tudo, não saber dizer “Não” pois há dificuldade em estabelecer
limites, excesso de introversão o que leva a uma dificuldade em criar ligações
com os outros.
Para equilibrar esta
energia, é necessário desenvolver um pensamento mais objectivo e lógico,
planear objectivos, fazer actividades desportivas, desenvolver projectos, fazer
actividades que nos levem a comunicar e a estabelecer ligações com os outros,
desenvolvendo a vida social, tudo o que nos impulsiona à acção, ser-se mais
assertivo, seguir a nossa vontade, confiar mais em nós próprios.
Quando ambas as energias se
equilibram em nós, podemos ter relacionamentos mais equilibrados e mais
harmonizados. Mas para isso é necessário mudar ainda muitas mentalidades,
crenças e valores que estão assentes em ideias erradas do que é ser-se mulher
ou homem, hoje em dia. Há ideias erradas a este nível que precisam ser deixadas
para trás, abandonadas, se quisermos desenvolver boas relações amorosas. Estes
conceitos que nos foram passados criam em ambos os sexos pressões para atingir
esses ideais tão desequilibrados. Tornam-nos submissos a esses papéis e incapazes
de fluir na relação, de sermos espontâneos e criativos. No fundo, tiram-nos a
nossa liberdade de sermos nós próprios.
É na relação a dois que é
mais visível a dinâmica destas duas energias. Quando há muitos conflitos, lutas
de poder é porque há um excesso de energia masculina, excesso de fogo na
relação. Ambos competem um com o outro porque um quer dominar o outro e
subjugá-lo. Aqui não existe Amor, existe necessidade de controlo e ter poder
sobre o outro. Isto é devido a insegurança interior. É necessário desenvolver
energia feminina por ambas as pessoas da relação, para que haja mais harmonia e
cooperação. Só alcançando segurança interior, deixando fluir os sentimentos
mais profundos, criando espaço interior para cada um se alimentar e entrar em
contacto com as suas necessidades, desenvolver actividades de lazer, etc.
Quando há passividade numa relação, esta torna-se estagnada, aborrecida, ambas
as pessoas dispersam-se, isolam-se uma da outra, há falta de iniciativa, de
fogo na relação. É quando esta precisa de paixão, objectivos comuns, um ideal
maior comum que una ambas as pessoas e as apaixone. Há pouco crescimento aqui
de ambas as pessoas.
Numa relação equilibrada,
dinâmica e harmoniosa, ambas as pessoas devem ter também dinamismo e harmonia.
Um não deve ter poder sobre o outro, pois onde há necessidade de poder não
existe amor. Para que haja amor numa relação é necessário que haja sacrifício
da necessidade de poder, de controlo. Esta necessidade existe devido a
insegurança interior, de não se sentir suficiente, à altura. Quando se abdica
desta necessidade há uma maior receptividade um ao outro, confiança, flui-se na
relação, há cooperação para um propósito comum, ambos permitem-se a aprender um
com o outro. É suposto ambos se complementarem, não um dominar a relação e ser
responsável por tudo, fazer o trabalho todo, pois quando isto acontece, está-se
sozinho na relação, carrega-se um fardo, porque o outro é submisso, ausente, passivo.
Não participa activamente na relação, não a ajuda a crescer. E aquele que
domina não se permite também a crescer devido à sua necessidade de controlo. É necessário
mudar a visão de relacionamento. Esta deve estar assente numa perspectiva de
crescimento mútuo, de troca igual. E sempre que haja posições extremas, estas
devem ser negociadas, de forma a encontrar um ponto de equilíbrio. Quando duas
pessoas se atraiem é porque têm algo a aprender uma com a outra e esta aprendizagem
só acontece quando ambos permitem que cada um traga à relação algo de diferente
para que ambos cresçam um com o outro. Quando isto não é permitido a relação
estagna e entra na rotina, na monotonia. E com o tempo morre.
A um nível global, acontece
o mesmo quando um povo ou raça é dominado por outro povo ou raça. Isto cria
desequilíbrios e impede que haja troca entre ambos, aprendizagem. Qualquer
relação existe para crescimento de ambas as pessoas. Quando isto é permitido atinge-se
um outro nível superior, de profundidade, de amor entre as duas pessoas. Tudo o
que não permite o crescimento, estagna e morre. É suposto as duas pessoas
combinarem as suas forças e fraquezas e se fortalecerem uma à outra ao
honrarem-se uma à outra. É esta a grande mudança que está a ser pedida nos
relacionamentos. Ninguém é superior a ninguém. Se eu aceitar a crença de que
sou superior a outro por ter determinada característica ou qualidade, eu
permito que uma terceira pessoa seja superior a mim. É assim que se criam
hierarquias, classes, separação, muros. Se pensarmos que todos temos qualidades
diferentes uns dos outros e que todos temos a mesma importância, seja de que
raça ou sexo formos, haverá lugar para estarmos receptivos a todos e
aprendermos uns com os outros. Quando nos colocamos num lugar superior, tornamo-nos
arrogantes e não estamos abertos à aprendizagem. Mais tarde ou mais cedo,
alguém se coloca acima de nós também, para que experienciemos o outro lado da
moeda.
Equilíbrio é o objectivo
comum a todos nós. Só assim nos tornaremos num homem ou mulher equilibrados,
íntegros e completos. Só assim podemos co-habitar num mundo melhor, mais equilibrado,
mais harmonioso. Ser homem ou mulher no mundo de hoje é aceitarmos quem somos,
aceitarmos que temos sexos diferentes, corpos diferentes, qualidades diferentes.
Que nenhum é melhor ou pior do que o outro, pois ambos têm as suas forças,
qualidades e as suas fraquezas e defeitos. Um homem é forte e corajoso quando é
capaz de aceitar as suas fraquezas e vulnerabilidades – masculino no exterior e
feminino no interior. Uma mulher é calma e receptiva quando descobre a sua
força e confiança interiores – feminino no exterior e masculino no interior. Ser
homem e ser mulher não depende das máscaras e papéis sociais que usamos, não
depende da aparência exterior. Todas estas máscaras precisam de cair e dar
lugar a uma nova ideia de ser Homem ou Mulher. Só assim podemos dar espaço e
liberdade para que cada um se expresse como se sente, respeitando as suas
diferenças. Renascer como um Novo Homem e como uma Nova Mulher.
Sandra Duarte
The Rebirthing of Masculine and Feminine
What does being a Woman or a Man mean nowadays?
The whole universe is composed of two polarities, feminine and masculine
energy, opposite and complementary, interacting in a constant dance, in order
to create dynamism and harmony with each other. They are co-dependent on each
other. One needs the other so that it can grow. They have to cooperate with
each other to achieve balance. We can see that represented in the Yin-Yang
symbol: the feminine includes within itself the masculine and the masculine
includes the feminine inside. One mirrors the inside of the other.
The masculine energy, Yang, is directed outwards, focused to conquer,
for action, in achieving goals, planning, represents our rational side, logic
thinking, speed, the external manifestation, the process of materialization,
srength, courage, passion, competition, determination, the power of selection,
focused thinking, assertiveness, pragmatism, confidence. It’s associated with
the day, the sun, the sky, fire, air, the father, the authority, the work, the
city, straight and angular lines, the visible world, the defined contours, the truth,
the clear vision of situations, discernment, expansion, superficiality.
The feminine energy, Yin, is directed inwards, for the feelings and
emotions, intuition, the abstract thinking, slowness, the inner voice,
pleasure, relaxing and resting, inner peace, beauty, love, softness,
gentleness, inner security, receptivity, sensitivity, knowing to flow,
compassion, inspiration, acceptance, forgiving, inner strength, sensuality,
vulnerability, expressing and communicating emotions, connection, the ability
to welcome and care, to nourish the other. It’s associated to the night, the
moon, the earth, the water, the mother, family, the home, nature, curvy and
wavy lines, the invisible and mysterious world, with undefined contours, what
is hidden, wisdom coming from the soul, subjectivity, introversion, depth.
Each one of these energies exists in each one of us. What happens is
that there’s a great imbalance in the way we express them.
Our society has developed in excess the masculine energy, focused on
reason, in logic thinking, in achieving goals, etc.
Until the last century, there was a great social difference, where man
had a superior place to woman. Where man was responsible for sustaining the
family and woman managed the home life, doing the household chores and raising
the children. Great part of history was told according to a male perspective.
With the evolution of time, many women, when they began leaving the home
life to become a part of the world of work, where men dominated, they were
forced to develop their masculine energy to be respected and seen as equals to
men, with the same rights. They became rational, competitive, braver than many
men, focused in action. And moved away from their feminine side, their inner
world, their emotions and feelings, from listening to their intuition, the
ability to flow, to relax and rest, etc.
What’s happening at the moment, to balance the energies, is that many
men began to further develop their feminine side, to get in touch with their
emotions, with their intuition and sensitivity, to become more passive, etc.
At this time, the world is going through even more changes and it’s
being asked that women and men balance these energies within. Both must be
balanced so that relationships themselves between the two people may occur more
harmoniously.
The planet itself reflects the imbalance of these two energies. The
excess of masculine energy is what leads to wars, to the domination of a people
by dictators, to stress, tension and conflicts that live both genders, to the
lack of harmony in general. At the individual level, there’s a lack of inner
harmony, difficulty in flowing with life situations, lack of internal security
that leads to fear and to behaviors of dominance and control of others, of
situations and of life in general. Stress and inner agitation are the result of
overwork, worries, pressure to achieve goals, of being always busy, a greater
demanding on themselves.
To balance this, it’s necessary to create harmony in our lives,
developing the feminine energy, arranging time to rest and relax, to do leisure
activities, to learn to listen to our inner world, emotions, feelings,
intuition, to return connecting to nature, appreciating beauty, changing internal
beliefs in order to help us to give up the need for control everything and
everyone, and to learn to accept and flow with life, to learn to be more spontaneous,
to play more and accept to be surprised, to be receptive to the unexpected, to
what isn’t planned, to lose control, etc.
Feminine energy, when in excess, brings passiveness, excessive
sensitivity, lack of interest, depression, dependece on others, submission,
difficulty in materializing ideas and projects, excessive imagination and
fantasy, confusion, dispersion, insecurity, difficulty in acting or taking
initiative, expecting others to take initiative and do everything, not knowing
to say “No” for there is difficulty in setting bondaries, excessive
introversion which leads to a difficulty in creating connections with others.
To balance this energy, it’s necessary to develop a more objective and
logical thinking, planning goals, to do sports, to develop projects, do
activities that lead us to communicate and establish bonds with others,
developing a social life, everything that moves us to action, to be more
assertive, to follow our will, to trust more in ourselves.
When both energies balance in us, we can have more balanced and
harmonized relationships. But for that it’s also necessary to change many
mentalities, beliefs and values that are based on misconceptions of what it is
to be a woman or a man, nowadays. There are wrong ideas at this level that need
to be left behind, dropped, if we want to develop good loving relationships.
These concepts that were passed to us create in both sexes pressure to achieve
those so imbalanced ideals. They make us submissive to those roles and being
unable to flow in the relationship, to be spontaneous and creative. Basically,
they take us our freedom of being ourselves.
It’s in the relationship of two that it’s more visible the dynamics of
these two energies. When there are many conflicts, power struggles it’s because
there’s excess of masculine energy, excess of fire in the relationship. Both
compete with each other because one wants to dominate the other and subdue him.
There isn’t love here, there’s a need to control and to have power over the
other. This is due to inner insecurity. It’s necessary to develop the feminine
energy by both people in the relationship, so there is more harmony and
cooperation. Only reaching internal security, letting flow the deeper feelings,
creating internal space so that each nourishes and gets in touch with their
needs, developing leisure activities, etc. When there’s passiveness in the
relationship, this becomes stagnant, boring, both people disperse themselves,
isolating from each other, there’s lack of initiative, of fire in the
relationship. That’s when this needs passion, common goals, a common higher
purpose that unites both people and that they’re passionate about. There’s a
lack of growth here for both people.
In a balanced relationship, dynamic and harmonious, both people should
also have dynamism and harmony. One must not have power over the other, for
where there’s a need for power there isn’t love. So there can be love in a
relationship it’s necessary to sacrifice the need for power, for control. This
need exists due to inner insecurity, of not feeling good enough, up to the
expectations. When we give up of this need there’s a greater receptivity to
each other, trust, we flow in the relationship, there’s cooperation for a
higher purpose, both allow themselves to learn with each other. It’s supposed
that both complement each other, not one dominating the relationship and being
responsible for everything, doing all the work, for when this happens, one is
alone in the relationship, carries a burden, because the other is submissive,
absent, passive. It’s not active involved in the relationship, it doesn’t help
it to grow. And the one who dominates doesn’t allow oneself to grow either due
to one’s need to control. It’s necessary to change the vision of relationship.
This must be based in a perspective of mutual growth, of equal exchange. And
whenever there’s extreme positions, these must be negotiated in order to find
an equilibrium point. When two people attract each other is because they have
something to learn from each other and this learning can only take place when
both allow for each to bring something different to the relationship so that
both grow with one another. When this isn’t allowed the relationship stagnates
and enters in a routine, monotony. And eventually dies.
On a global level, the same happens when a people or race is dominated
by another people or race. This creates imbalances and prevents exchanges
between both, learning. Any relationship exists for growth of both people. When
this is allowed we reach another and higher level, of depth, of love between
the two people. All that doesn’t allow growth, stagnates and dies. It’s
supposed for the two people to combine their strengths and weaknesses and
strengthen one another while honoring each other. This is the big change that
is being requested in relationships. Nobody is superior to anyone. If I accept
the belief that I’m superior to another for having a certain characteristic or
quality, I allow that a third person to be superior to me. That’s how
hierarchies, classes, separation, walls, are created. If we think we all have
different qualities from each other and that we all have the same importance,
in any race or gender, there will be room for us to be receptive to all and to
learn from each other. When we put ourselves in a higher place, we become
arrogant and we’re not open to the learning process. Sooner or later, someone
will also place themselves above us, so we can experience the other side of the
coin.
Balance is the common goal for all of us. Only then can we become a
balanced man or woman, whole and complete. Only then can we co-inhabit a
better, more balanced, more harmonious world. Being a man or a woman in today’s
world is to accept who we are, accept that we have different genders, different
bodies, different qualities. That noone is better or worse than the other, for
both have their strengths, qualities and theirs weaknesses and defects. A man
is strong and brave when he’s able to accept his weaknesses and vulnerabilities
– masculine outside and feminine inside. A woman is calm and receptive when she
discovers her inner strength and confidence – feminine outside and masculine
inside. Being a man or a woman doesn’t depend on the social masks and roles we
use, doesn’t depend on the outward appearance. All those masks must fall and
give room to a new idea of being a Man or Woman. Only then can we give space
and freedom for each one to express how one feels, respecting the differences.
Reborn as a New Man and as a New Woman.
Sandra Duarte